Categoria: sustentabilidade

A sustentabilidade é um dos temas que mais me interessa na atualidade. Sendo apaixonada pela vida de mar, aqui partilho tudo o que podemos e devemos fazer para proteger os oceanos.

The Circle Vee: a promessa de sustentabilidade da Vans

Todos temos uma marca que gostamos. A minha, mais óbvia, é a Vans. Adoro andar de Carver com eles, além de agarrarem bem a tábua, têm muita pinta. Depois, sendo uma marca com um posicionamento jovem (eu incluída), sentem a responsabilidade de proteger o meio ambiente. Eu gosto disso e da nova coleção, The Circle Vee.

O compromisso da Vans é simples. Reduzir o impacto que têm no planeta com a eliminação do plástico descartável das suas embalagens, reinventando o ciclo de vida dos seus produtos  e educando a família Vans para se focar numa visão mais sustentável no dia-a-dia.

Nesta lógica, todos os passos, ajudam. E assim entram em cena os meus novos favoritos da Vans Surf, os The Circle Vee. Olharam para a forma como produzem ténis e fizeram os seus ajustes, todos eles naturais: 

  • Palmilha EcoCush: feita com 70% de base biológica, derivada de óleos à base de plantas sem sacrificar o desempenho.
  • Sola EcoWaffle: novo composto de borracha natural que substitui a borracha sintética derivada do petróleo. Ah, e não compromete a aderência e a durabilidade pela qual a Vans é conhecida desde 1966.
  • Malha: fabricada com 48% de algodão biológico, 47% de cânhamo e 5% de nylon, dando a estes ténis vanguardistas um visual e toque do ADN clássico e natural da Vans, reduzindo o excesso de desperdício no processo de fabrico do calçado. A parte superior é costurada diretamente na sola para ajudar a reduzir a quantidade de adesivo usado, e todos os forros e atacadores utilizam algodão biológico, cânhamo e fibras naturais de juta.

É um pequeno passo, mas se toda a sua produção começar a incluir estas pequenas vitórias, vamos longe. Como parte da coleção, há ainda a parceria com a Ocean Conservancy, uma organização global focada em proteger os oceanos; e doam 1 dólar por cada produto Circle Vee vendido, com um mínimo de 25 mil dólares doados à Tides Foundation

Acho que é óbvio que vou juntar os ténis à minha coleção, só falta decidir a cor: cinza claro, bege ou azul. No ano passado comprei a edição surf Chris Johanson, também parte do projeto de sustentabilidade da Vans. Super fã do conforto e da leveza dos ténis.

Enquanto consumidora, tento cada vez mais comprar de forma sustentável. Apoiar a proteção dos oceanos é o meu compromisso enquanto surfista, apaixonada pelo mar e pelo nosso planeta. 

The Seea: uma marca sustentável para as mulheres do mar

The Seea sustainable surfwear

O amor pelo mar deu origem a esta marca de surfwear muito inspiradora, The Seea. É sustentável e mantém um design muito feminino.

Amanda Chinchelli, fundadora da The Seea, quis criar uma marca cujo nome fosse feminino, com musicalidade. Os cortes das peça são pensadas nas ondas, de forma a refletir a necessidade das surfistas que dançam no mar. Na The Seea encontras rashguards, biquínis, acessórios, fatos de surf para ti e para as mais pequenas também.

A marca celebra o ritmo e a graciosidade das mulheres no mar, nesta magia de surfar as ondas. Leah Dawson, nas fotografias, é uma dessas mulheres e também embaixadora da marca.

Aprecio a marca e identifico-me bastante com ela. É uma marca sustentável, trocou o neoprene por Yulex, uma borracha 100% natural proveniente de florestas certificadas que asseguram que a mesma é preservada na sua diversidade biológica e que beneficiem os trabalhadores locais (garantindo sustentabilidade económica). Depois, mantém aquele estilo boho-chic tão reconhecido na costa californiana.

São produtos pensados e desenhados para as mulheres apaixonadas por mar, pelos desportos de água que procuram alternativas sustentáveis às marcas mainstream, sem perder pinta. Vale a pena explorar a loja online da The Seea e segui-las no instagram para te inspirar a vida de surfista.

O’Neill e a coleção amiga do ambiente para mulheres

Quando uma marca com a O’Neill se preocupa com o mar, só pode dar vida a uma coleção amiga do ambiente. Da Califórnia para o mundo, eis a O’Neill Active, a coleção para mulheres ativas feita a partir dos plásticos perdidos pela praia.

Por defender a sustentabilidade, acreditar que é por aqui o caminho de futuro para o nosso planeta, encontrar marcas gigantes como a O’Neill a dar cartas nesta área, significa que estou certa das minhas intenções. A O’Neill Active é uma linha eco-friendly que integra a iniciativa global da marca, a O’Neill Blue – Our Ocean Mission que tem como objetivo produzir roupas de surf sustentáveis.

A O’Neill Active surge então nesse contexto, e combina matéria reciclada a materiais de desempenho, através de fios têxteis feitos a partir de plástico reciclado (um projeto da startup norte-americana Bionic). A coleção vai estar à venda a partir de março no site e foi pensada para atividades como a corrida, o surf e o yoga. Conta com sutiãs de desporto, calções, leggings, roupa de surf e fatos de banho com extras que me agradam muito: tem proteção raios UV, secagem rápida e absorvente, e cores vibrantes. Resumindo e concluindo, a reciclagem está mesmo na moda!

Surf reciclado e mais amigo do ambiente

O surf faz parte de uma indústria poluente, o que não faz sentido nenhum. Felizmente hoje já temos alternativas mais ecológicas, desde os acessórios às viagens. Como tornar o surf reciclado.

Se há algo que não combina é o surf fazer parte de uma indústria poluente. Das pranchas, wax, à forma como nos deslocamos atrás das boas ondas contribuem para o aumento da poluição. Aos poucos, e para ajudar a contrariar essa tendência, comecei por procurar alternativas cuja produção fosse mais sustentável, mantendo a eficácia que o surf pede.

Diz Adeus ao Wax com a Van Der Waal

Foi numa conversa dentro de água, à espera das ondas, que soube da solução Van Der Waal. A composição do wax tem na sua essência o petróleo. Ora, se pensarmos nesta produção e na quantidade de wax que gastamos ao longo do ano, não é sustentável nem amiga do ambiente. Apesar de saber que existe cera ecológico, a Van Der Waal acaba por ser uma solução mais prática. A Van Der Waal cola-se à prancha (pequenos losangos fáceis de aplicar com o guia que faz parte da caixa), não suja, não estraga o fato ou magoa a pele, tem durabilidade, não derrete ao sol, nem escorrega. Confesso que estranhei apenas ao princípio, pelo hábito de sentir a aderência da cera nos pés, mas ao fim de umas surfadas confirmei: a tração está lá.

Deslize mais verde com Marlin Fins

Os acessórios de surf são dispendiosos, por isso, na hora da escolha mais vale optar por um produto que a longo prazo seja mais justo em todos os sentidos. Ainda não tenho os Marlin Fins, mas estão na lista. É uma marca portuguesa de quilhas que utiliza um material primário, o M-Comp, desenvolvido por José Caiado. A Marlin Fins preocupa-se em utilizar polímeros, ou seja, plástico, passíveis de reciclagem e reutilização. Significa que podemos reciclar as quilhas, sendo uma solução mais sustentável.

Viagens sem impactos negativos

À conversa com a Carolina Salgueiro, do projeto eco-social My Destiny, acabei por perceber que cometo alguns crimes pouco amigos do ambiente nas viagens de surf. Quando viajamos com o intuito de encontrar a onda perfeita, levamos não só o material atrás, como deixamos um rasto de poluição, por causa do carro, do avião e da estadia.

Para Carolina, “a chave está nas comunidades“. Deu-me algumas ideias simples a implementar na minha próxima viagem. “Penso que a melhor forma de viajar sustentavelmente é: reduzir o impacto na estadia (escolhendo eco-hostels/resorts/surfcamps ou a casa de locais), a alimentação ser local (comprar localmente/consumir em restaurantes locais), e a anular o impacto de carbono através do carbon offset onde pagas uma taxa mínima para esse efeito como a Luex ou Hometree (esta última, planta árvores para anular o impacto negativo da viagem)”.

Medidas sustentáveis para proteger o nosso mar

Setembro é sempre o mês de regressos; até o mar nos devolve o swell. E já que o mar anda cheio de boa energia vamos aproveitar a onda e por em prática algumas medidas sustentáveis para que, com gratidão, possamos retribuir à natureza o que nos dá graciosamente.

Aos poucos os biquinis e os calções voltam para o fundo da gaveta, a maioria das pessoas deixa de ir à praia e com as marés vivas a romper pela costa, o areal fica cheio de lixo devolvido pelo mar. As gaivotas penicam entre redes de pesca, plásticos, garrafas, cordas, beatas e nós surfistas, pisamos tudo isto até entrar no mar.

Que setembro seja então um mês de consciencialização que a natureza é o nosso lar e que temos de a proteger. Se querem passar a ter uma atitude mais sustentável, o mar é sagrado e precisa de nós (e não apenas nos meses de verão). Aqui ficam as minhas sugestões ecológicas a adotar hoje e sempre.

#Não às beatas

Nunca entendi o vício do cigarro, muito menos na praia. Se há algo profundamente perturbador é encontrar beatas enfiadas na areia. Pergunta aos fumadores: têm gosto em lá deixar as beatas? Fazem isso em casa, deixam-nas espalhadas pelo chão? Intriga-me e muito. Portanto, se fores até à praia, sejas ou não fumador, faz como eu apanha as beatas que encontrares ao teu redor. Beata a beata, a praia fica mais limpa e todos agradecem.

#Apoia projetos comunitários

Se estás a par das notícias, certamente que terás ouvido que querem fazer exploração petrolífera na nossa costa. Seja por este motivo ou de proteção de alguma espécie em vias de extinção, há sempre o livre arbítrio de sermos solidários com alguma causa. Informa-te sobre o que queres defender, entende os argumentos antes de tomares algum partido e depois sim, parte para ação. Ajudar, ser voluntário, faz bem à alma.

#Esquece o plástico

Deixa o plástico em casa (e nem aí o deveríamos ter). Leva os teus snacks em caixas de vidro ou sacos de papel, troca a garrafa de plástico por uma de vidro ou que não tenha Bisfenol A. Pequenos detalhes, toda a diferença. Infelizmente, a grande parte da produção de pranchas de surf é poluente. A boa notícia é que aos poucos as alternativas ecológicas têm vindo a ganhar expressão. Palavras de ordem: reciclar e produtos ecológicos.

#Vai de bicicleta até à praia

Eu sei, nem todos podemos. Mas entre pegar no carro ao fim de semana e dar um passeio ao ar livre, a pedalar até ao areal ou outro lugar qualquer, não pesa a escolha: de bicicleta fazemos exercício e não emitimos CO2. Que as chuvas tardem a vir e que este seja um bom hábito a manter.