Sentes que não estás a evoluir no surf? Já paraste para fazer uma análise à tua performance? Estamos sempre a tempo de melhorar.
A arte do surf é muito exigente. Parece tão simples quando vemos uma Leah Dawson ou o Dave Rastovich em uníssono com as ondas do mar, a fluirem entre cada ondulação, nesta dança sobre as ondas. Mas não é. Exige uma preparação física elevada, saber interpretar o mar, conseguir ultrapassar as barreiras psicológicas. Portanto, evoluir no surf requer dedicação e igualmente compreensão da nossa parte. Temos de conseguir ver o porquê de não saber cortar a onda ainda e perceber que há sempre uma explicação para tal.
Estamos a usar a prancha errada
Nos primeiros tempos faz sentido usar as pranchas de espuma, depois passamos para uma de epoxy. Larga, volumosa, estável. São ideais para aprender o stand-up. Chega a uma altura em que nos sentimos confortáveis e começas a ter sede para mais. Temos que nos adaptar à nossa evolução, se estamos com vontade para mais, mudamos de prancha. Mas calma na escolha. Não vale a pena comprar uma prancha nova. Até fazer aéreos, há que treinar muito em pranchas mais estáveis.
Não temos preparação física
Para quem entra no mar, sabe o quão exigente é para a nossa capacidade física. Não podemos passar a semana sentados ao computador, sem praticar qualquer tipo de actividade física e esperar que no próximo sábado seja um dia inteiro dedicado ao surf. Se queremos evoluir, temos de apanhar muitas ondas, treinar muito no mar, mas se estas nos escapam pela falta de resistência ou força na remada, significa que não temos a preparação física suficiente e é necessário recorrer a atividades físicas extras.
Não nos esforçamos o suficiente
As respostas residem em nós. Sabemos que surfar é difícil, mas quando queremos, conseguimos. A questão é que temos uma tendência para dar demasiadas desculpas para não evoluir. A prancha não é boa. O mar está grande. O mar está pequeno. Está a chover. Não está sol. Hoje dói-me o braço, o ombro, que seja. Parar de inventar as desculpas e ir. Nunca tentar de deixar de tentar.
Não nos vemos a surfar
Não temos um espelho quando estamos a surfar. Não é como no ginásio que conseguimos ver a nossa postura. Por isso, fazer aulas de surf com o professor a filmar e a corrigir o que fazemos de errado dá-nos a dimensão da realidade. Vemos como nos portamos em cima da prancha e o que precisamos de melhorar.
Não vamos com frequência
Temos de nos meter no mar sempre que possível, ser consistentes e insistentes. É muito difícil evoluir quando vamos “de vez em quando”. Assim que criarmos um ritmo de surfadas, exploramos muito mais a onda, tentarmos muito mais vezes, descobrimos que se olharmos para a direção para onde queremos ir e não para baixo, o surf acontece (e a vida também). A evolução torna-se natural.